Longe demais
Há uns bons anos atrás, durante algum tempo, a Xana (dos Rádio Macau) confundia-se na minha cabeça-anos-80 com a vocalista dos Da Vinci, grupo que conquistou sucesso popular - muito antes do Dan Brown ter sugado o barbudo renascentista - e que se gabava de ter estado, entre outros lugares, no Brasil, Praia e Bissau, Angola, Moçambique, Goa e (só para me agravar o problema) Macau. Julgo que mais do que semelhanças de rosto ou de postura (não me parece que existam muitas) aquilo que contribuía para as aproximar, na minha cabeça-anos-80, era um ligeiro problema de dicção, a língua encostada aos dentes, esse vento insidioso que lhes entrava nos ésses e que ambas transportavam com algum encanto para a música. Depois passou-me. Tudo passa depois.
Dizes-me até amanhã
que tem de ser, que te vais
só que amanhã (sabes bem)
é sempre longe demais
Dizes-me até amanhã
que tem de ser, que te vais
só que amanhã (sabes bem)
é sempre longe demais
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