Avesso
Como prometer, à noite, despertar cedinho, pequeno-almoço enorme e lentíssimo, com café, torradas, fruta e essas tretas, o jornal comprado e lido antes das nove, o trabalho duplicado pela vontade, a frescura da manhã (ou lá o que é) mas permanecer na cama mil snoozes a mais, engendrando um puzzle de desculpas sem sequer abrir os olhos, o despertador no outro hemisfério, de pernas para o ar e longe. Como chegar à estação de metro em Covent Garden e arriscar a ginástica talvez suave de uma centena e pico de escadas em vez de sucumbir à espera do elevador que são tantos à espera do elevador e lá pelas três dezenas de lanços amaldiçoar o arquitecto, os pulmões, quadríceps e adutores, a espiral interminável, aquele segundo de impaciência. Como vir aqui em busca de uma prosa a sério e levar com isto. Que não se repita.
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