Barra pesada
Quando o jornal «Público» (em plena crise de meia-idade) mudou de rosto, tornando-se uma sucursal gráfica do «The Guardian», temi que viesse a desaparecer um dos mais notáveis elementos de design da sua página na rede. Mas não. A barra dos colunistas permaneceu, mantendo-se inalterado o seu estilo que podemos classificar, de acordo com a Enciclopédia das Artes Gráficas vol.1, como colagem-pré-escolar-já-está-agora-recreio (aguardo com ansiedade a venda em quiosques dos bonecos de plasticina).
É verdade que uma boa crónica exige (em geral) cabeça, tronco e membros mas não há seriedade que resista a uma foto sem pescoço como cartão-de-visita. Ora isto é bom, aligeira, faz dos assuntos europeus da Teresa de Sousa ou da História do Comunismo do Pacheco Pereira, uma espécie de livro para colorir e, com jeito, talvez possamos sentar o Vital Moreira e o Pulido Valente na mesma carteira, ao fundo da sala, a ver se a letra dos dois melhora e se aprendem de vez a tabuada dos nove.
Para quem não conhece a obra-prima , eisea:
É verdade que uma boa crónica exige (em geral) cabeça, tronco e membros mas não há seriedade que resista a uma foto sem pescoço como cartão-de-visita. Ora isto é bom, aligeira, faz dos assuntos europeus da Teresa de Sousa ou da História do Comunismo do Pacheco Pereira, uma espécie de livro para colorir e, com jeito, talvez possamos sentar o Vital Moreira e o Pulido Valente na mesma carteira, ao fundo da sala, a ver se a letra dos dois melhora e se aprendem de vez a tabuada dos nove.
Eu gosto muito desta barra no site do «Público» mesmo sem saber se a pessoa que a concebeu tem mais de cinco anos de idade. Ela, onde quer que se encontre (no infantário O Popas ou em Saint Martins College), tem e terá a minha admiração mais profunda, aproximadamente 750 metros abaixo da linha do mar.
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