On the road
Temos fios de cobre que nos cercam os pulmões. Samplers esquisitos na cabeça. Omoplatas fluorescentes. Alguns néones entrando pela boca lentíssimos e furando-nos os dentes, mesmo os mais recuados. Fazemos festinhas com as vinte mãos acrílicas que nos deram, entretidos com os espelhos e o som da estrada que, estranhamente, vem do céu e não do chão. O nível do óleo chegou-nos ao sangue e deve ser tarde porque nos doem as costas quando movemos as nossas sombras e nos despenteamos. Ai de quem nos chame humanos. Ainda nos dava uma coisa.
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