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segunda-feira, outubro 19, 2009

Intervalo sem confiança

É irrelevante que, durante séculos, sucessivas gerações de pessoas razoavelmente circunspectas tenham desenvolvido um batalhão de ferramentas teóricas que, quando bem manipuladas, permitem gerar, a partir de umas miseráveis 1200 entrevistas telefónicas a eleitores (alguns deles tontos, indecisos, mentirosos, mal dispostos, acabados de acordar, de ressaca, um tanto surdos ou gagagagos), uma previsão sobre as intenções de voto de 9,4 milhões de criaturas recenseadas e espalhadas pelas mais remotas freguesias da pátria. Conheces Pardilhó? E Ranhados? É irrelevante que, às oito horas e um segundo, as televisões possam avançar com o nome do futuro primeiro-ministro ou dos presidentes de câmara das principais cidades (e de Marco de Canaveses, e de Gondomar - olha, o Isaltino, em Oeiras), ainda o sr. Severa não fechou a porta da escola onde eu exerço o meu direito de voto, depois de um passeio nostálgico pelo polivalente onde, aos quinze anos, devo ter sido feliz. Pelas oito e vinte, já não há champanhe nas sedes de candidatura de António Costa e Rui Rio, Santana Lopes teve tempo para desistir meia dúzia de vezes da política e Elisa Ferreira mais do que tempo para fazer a mala para Bruxelas e um chazinho de camomila. Às oito e trinta, Passos Coelho solta a terceira declaração da noite porque já sabe que o pê-ésse-dê coitado e a Manuela Ferreira Leite coiso e tal. Às nove, Luis Filipe Meneses espuma de glória. É irrelevante que analistas e politólogos (um quinto da população nacional), tenham um belíssimo pretexto para passar as noites eleitorais afundados nos sofás dos estúdios de televisão, enquanto mastigam números de projecções que, obviamente, «não passam de números de projecções». O que importa é assinalar que as sondagens, às vezes, também falham, que têm falhado, e que devemos todos fazer uma reflexão profunda sobre esse facto. Ouviram? Todos, toda a gente, cem por cento das pessoas envolvidas nesta história a que chamamos Portugal. Isso sim, é que era. Não estamos nada contentes, que fique claro.